A amamentação do bebê é muito importante para ele e também para a mãe. Mas, nem tudo são flores. Muitas mulheres são suscetíveis a desenvolver inflamações como a mastite.
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Nesta semana a ex-BBB Kamilla Salgado revelou estar sofrendo com mastite e que está com dificuldades de amamentar seu filho Bento. Ela contou no stories do Instagram que, após consulta com sua médica, teve que começar a tomar antibióticos e parar de amamentar.
Mas como acontece a mastite? A inflamação pode ocorrer nos primeiros dias da amamentação, coincidindo com a descida do leite, mas não é exclusiva deste período.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 74% a 95% dos casos de mastite ocorrem nas primeiras 12 semanas pós-parto. Além disso, geralmente ocorre em apenas uma das mamas e uma de suas causas é a pega incorreta do bebê.
Segundo Cinthia Calsinski, enfermeira obstetra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), quando o bebê não abocanha a aréola corretamente, não há um completo esvaziamento da mama, favorecendo a inflamação.
Dentre os principais sintomas do problema estão: vermelhidão, calor no local, inchaço, dor, sensibilidade, febre alta, mal estar, dor muscular, calafrio, entre outros.
Algumas maneiras de prevenir essa inflamação são: garantir a boa pega, a livre demanda e o esvaziamento completo da mama, além de tratar as fissuras do mamilo. O apoio para continuar a insistir no aleitamento materno também é essencial, para garantir que a mãe não desista da amamentação.
Caso a lactante esteja sentindo dificuldades em amamentar, ela pode consultar uma enfermeira obstetra, que vai ensinar a pega correta e mostrar à mãe como fazer o autoexame das mamas, para identificar problemas como ingurgitamento ou dustos bloqueados, para que ela saiba quando procurar ajuda.
Quando a mastite é infecciosa e há saída de pus, a amamentação deve ser suspensa e deve ser feita a ordenha da mama até sua completa melhora. Para o tratamento, a mãe deve fazer uso do antibiótico prescrito pelo médico e de sutiã 24 horas.